domingo, 11 de outubro de 2009

Hastür Palim entrevista FABIOS TSS BRASILIENSES!



Sim povo doido, fizemos uma entrevista com o maluco Fabios TSS Brasilienses da Timbre Noise. O cara batalha, nessa guerra de egos da música independente de Maringá, na surdina. Já teve uma banda bem representativa: o Stoned Sensation que rodou um bom trecho dessas terras tupiniquins, e pouco shows fez  na cidade canção, atualmente toca com a inédita Copacabana Pé Vermelho! O "Mito" Fabião é o idealizador da Timbre Noise: um coletivo fora do eixo bem atuante pelo país que trabalha lançando bandas  virtualmente na rede. Como a banda a ser lançada no mês de outubro é a "querida" Família Palim resolvemos entender melhor como o menino negro da periferia de Maringá faz as coisas. O cara é tão multiuso que até passarinho ele já nomeou, confiram a baixo a entrevista com a figura:

Cara o que é o Lançaento virtual?
Bem, o mundo da música faliu, as pessoas do ramo estão perdendo emprego, pois as gravadoras já não tem a mesma força de outrora. Os meios convencionais de divulgação musical encolheram, as revistas e rádios estão sumindo, venda de discos se tornou uma lenda distante. A onda digital não é marolinha, mas sim tsunami e, a Internet, neste contexto, é veículo mais utilizado pelos consumidores de música. Em pleno 2008/2009, você teria que ser maluco para resolver iniciar uma empreitada dentro dos velhos moldes comerciais. Assim, a Timbre Noise se propôs a encarar a nova realidade de frente, lançando artistas do meio da música através da Internet.
Então o lançamento funciona como uma curadoria, apresentando o que achamos de mais legal. Porque, afinal de contas, se você tem uma idéia, uma paixão, uma opinião, uma visão, quem vai mostrá-la ao mundo senão você mesmo? Para nós o Lançamento virtual é a apresentação, a divulgação do que entendemos ter potencial e não aquilo que já está comprovado como sucesso. Tentamos não deixar morrer uma boa idéia no meio de tanta mediocridade vigente no meio da música.

Qauis as bandas lançadas pela Timbre Noise?
Pela Timbre Noise passaram bandas como FLUID, FLATTERMAUS, DRAMA BEAT, THE NAME, THE CLEANERS, THE STONED SENSATION, DIZZASTER, WOLF ATTACK, FLUXODRAMA, LAMBORGUINES, NARCOTIC LOVE, EPIFANIA, THE SOUNDSCAPES, SERES INTELIGIVEIS, MORGAN LE FEMME, CLA MCLOUD e CATAVENTO DE BOLSO.
Lançada a idéia, um monte de gente bacana ao longo do tempo foi se aproximando para participar de alguma forma, músicos, colaboradores, patrocinadores e principalmente as pessoas que acessam para ouvir ou baixar as músicas disponíveis.
Sempre achamos esse negócio todo muito romântico. Resolvemos fazer o selo pra ajudar a melhorar a cena do rock na região e no Brasil, mas até bandas estrangeiras já foram lançadas pela TIMBRENOISE. Se a banda é legal, a gente quer ajudar a mostrar.

Qual a visibilidade que tiveram essas bandas depois de serem Lançadas?
Todas as bandas das quais lançamos sem dúvida tiveram um salto e tanto em termos de visibilidade. Não acompanhamos o pós-lançamento, mas a soma de alguns fatores comprovam o sucesso do lançamento virtual, por exemplo,  o retorno dos músicos têm sido sempre positivo,  o número de acessos e downloads ao blog estão cada vez mais crescentes, bem como a procura dos anunciantes.
É claro que existem aqueles que atiram pra todo lado, algumas bandas que acreditávamos ter potencial, vieram atrás para fazer o lançamento, mas a mentalidade dessas pessoas era de sucesso em curto prazo. Apesar do descaso desses músicos, consideramos que os lançamentos obtiveram êxito, vez que o material continua no ar e os acessos aumentam a cada dia, hoje em torno de 2.500 acessos diários.
Não somos milagreiros. Somos trabalhadores, que dedicam parte do seu tempo, que poderia ser dedicado à família, ao lazer ou a qualquer outra coisa, para tentar mudar o esquema de divulgação da música. Queremos apenas fazer a música chegar para o ouvinte.
Muita gente (gravadoras, produtores e empresários) presta atenção nos lançamentos em busca de novos talentos, então, para aqueles músicos/bandas que ainda estão sonhando com o passado, proporcionamos que eles façam o trajeto underground – grande mídia / gravadora.

Em um texto que tá rodando na Internet, "A Politica do Rock", você fala da baixa aceitação das bandas de Maringá com relação ao lançamento virtual da  Timbre Noise, porque isso acontece? Voce gostaria de trabalhar com mais bandas daqui?
Santo de casa não faz milagre, certo? Existem os músicos e os artistas, gostamos dos primeiros. Os “artistas” maringaenses são um grupo que até hoje não conseguimos decifrar, são cheios de nove horas, hipocrisia, falsidade, tem muita gente falando e pouca gente executando. E Rock em Maringá, com raras exceções, é coisa de médio-classista com pinta de rico, e é claro que pra essa gente, as coisas de fora sempre são melhores. A cabeça desse pessoal freqüenta Londres e Nova Iorque, mas os pés estão mais vermelhos do que nunca.
Construímos parcerias sólidas fora daqui, e sempre na base do companheirismo e comprometimento, e aqueles que trabalharam conosco desde o princípio tiveram retorno, talvez não financeiro, mas sim reconhecimento: tocaram em festivais, tiveram suas musicas divulgadas em rádios de outros estados, até mesmo shows com tudo pago pra fora do mundo "maringlês" rolou, se é que me intende.
Cara, o lance não é se queremos ou não trabalhar com as bandas daqui, mas sim se vale a pena se envolver com certas pessoas, mas estamos aberto a conversas e avaliações de materiais, basta entrar em contato, acho que todo mundo já sabe como, e com quem falar.

O que voce acha que precisa acontecer para que a "cena" independente da nossa cidade se torne Sólida?
A gente vê a cena e a produção local voltando novamente num processo embrionário, estão surgindo coisas novas, novas em termos: tem o Andye do Projeto ZOMBILLY de Terça voltando a fazer o rock na cidade depois de muito tempo tranquilo, mostrando como se trabalha com responsabilidade com os músicos, sem fazer ninguém de trouxa, e sair pagando de movimentador cultural, a atitude é exemplar.
Todo mundo diz que tem que existir um movimento geral, mas não existe um movimento, e sim uma movimentação: temos bandas como a Familia Palim,  Seres Inteligiveis,  Kicking Bullets, Ted Gugu. e tem o Paulinho Schoffen com um projeto que é  o melhor que Maringá  já viu em questão de movimentação e organização.
Está todo mundo de algum modo somando e movimentando o lado musical de nossa cidade sem ter que ser o nosso tal conhecido FEMUCIC. É lógico que sempre tem uns que atrapalham e queimam nossa cidade, sendo até taxada por pessoas conhecidas no meio independente como a cidade dos produtores pilantras, mas essa parte é bem pequena e com o tempo o vento sopra.
Além disso, algumas iniciativas como a montagem de um selo fonográfico, o ‘TimbreNoise Lançamentos Virtuais’ e agora o Zombilly Tracks # 01, também fazem parte desse momento. Para se tornar sólido o movimento é necessário trabalhar em conjunto e se organizar.

4 comentários:

  1. Falto a ultima pergunta e respotas !!!

    Quem faz rock roll aqui na Seattle brasileira?

    Muita gente diz que faz, mas é muito peido pra pouca bosta.

    Aqui a entrevista na integra !!! Sem cortes asuhsusahushuahusahuah ...

    www.timbrenoisemga.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. A Maldito ficou muito grande as respostas por isso tirei algumas coisas!!

    ResponderExcluir
  3. kkkkk eu sei, da nada !!! o lance é polemicar !!! até sexta !!!

    ResponderExcluir